Antigamente, ficar em uma área de lazer do condomínio aos finais de tarde ou nos fins de semana, conversando com os vizinhos em uma roda de chimarrão, era mais que um hábito saudável.
Além de cultivar amizades, ajudava a conhecer as pessoas que dividiam o mesmo endereço.
Hoje, é raro conseguir tempo entre todas as atividades diárias para desenvolver relações cordiais com quem mora na porta ao lado. Aliás, percebe-se que, na atualidade, a convivência entre vizinhos de um mesmo andar restringe-se a solucionar problemas – muitas vezes, não de forma amigável.
Especialistas apontaram que, basicamente, os problemas mais corriqueiros na convivência condominial envolvem quatro palavras que começam com a letra “C”: cachorro, carros, cano e crianças.
Mas, claro, existem outras questões pontuais como barulho, confraternizações nas áreas comuns e tantas outras situações que poderiam se resolver com uma conversa e regras efetivamente cumpridas dentro do espaço condominial.
No final das contas, a convivência entre vizinhos pode se tornar uma grande dor de cabeça para o síndico, responsável por resolver demandas inicialmente tranquilas, que se tornam desastrosas em questão de pouco tempo.
A moral da história, é que diálogo e educação são os ingredientes essenciais para construir uma convivência entre vizinhos harmoniosa e, às vezes, é dever do síndico relembrar os moradores sobre isso.
Então, vamos conferir algumas regras de convivência entre vizinhos, que podem fazer a diferença na comunidade condominial.
Continue a leitura!
Como melhorar a convivência entre vizinhos?
FREQUENTAR AS REUNIÕES DE CONDOMÍNIO
Essa é uma dica que todo síndico ama, afinal, se todos os moradores se importassem em frequentar as reuniões do condomínio, seria muito mais fácil para resolver problemas, principalmente dos moradores esquentadinhos que não acham justo mais um boleto ou aumento na taxa condominial.
Essas pessoas gostam de reclamar, mas não participaram da reunião para entender o motivo da cobrança. Aí fica difícil, não é?
Pois bem, a frequência nas reuniões condominiais também é uma forma de melhorar a convivência entre vizinhos, pois demonstra empatia, zelo pelo empreendimento e interesse em estar presente na comunidade.
FOFOCAR É FEIO!
Ah, tem vizinho que ama falar da vida do outro. Aí, aproveita que as paredes do condomínio são finas e fica escutando tudo o que acontece no apartamento ao lado para “comentar” no grupo dos moradores.
Mas, poxa vida, se a maioria das pessoas se muda para um condomínio justamente devido à privacidade, o vizinho fofoqueiro será um grande motivo para desequilibrar essa relação.
Por isso, o síndico deve sempre lembrar aos condôminos que discrição é essencial para melhorar a convivência entre vizinhos.
PETS: CUIDADO REDOBRADO
Faz um tempo que os pets se tornaram parte da família, não é? Por isso, é muito comum vermos gatos e cachorros passeando pelas áreas comuns, exibindo toda a sua fofurice.
Mas esse passeio precisa ser com coleira! Além disso, aqui no Rio Grande do Sul, a lei determina que cachorros das raças American Pit Bull Terrier, Fila, Rottweiler, Bull Terrier, Dobermann e Dogo Argentino devem usar focinheira nas áreas comuns do condomínio e na rua para trazer mais segurança para as pessoas.
Dentro do condomínio, os tutores também devem tomar cuidado com outras questões:
- Manter o pet limpo
- Evitar barulhos excessivos
- Evitar que gatos fujam pela janela
- Não deixar os pets sozinhos por muito tempo
- Recolher as fezes e limpar o xixi, se for feito em área comum
BARULHO
Se tem uma reclamação campeã em condomínios, é essa: barulho. De todos os tipos, inclusive.
Barulhos de crianças, sapato de salto alto, televisão, aparelhos domésticos, brigas conjugais, reformas, latidos de animais, risadas até tarde da noite e, claro, o barulho do salão de festas.
No geral, é permitido fazer barulho das 7h às 22h. Porém, sempre tem um vizinho mais exagerado ou aqueles que desrespeitam o horário de uso do salão de festas e estendem a confraternização até de madrugada.
Mas, para melhorar a convivência entre vizinhos, é essencial lembrar que tem gente que acorda cedo para ir trabalhar, outros dormem de dia porque trabalham a noite, o condomínio pode ter bebês recém-nascidos que precisam de paz para dormir… enfim, são diversas situações.
A vida em condomínio, afinal, está baseada em respeitar limites.
PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS COMUNS
Muitos moradores se preocupam apenas com a higiene e manutenção da sua unidade, esquecendo-se de que as áreas comuns também fazem parte do seu patrimônio. Isso significa que todos devem cuidar desses ambientes.
Claro que o condomínio tem uma equipe de limpeza, porém, não é de bom-tom jogar lixo fora do lixo ou deixar o salão de festas imundo.
Cada um precisa fazer a sua parte para manter a qualidade e infraestrutura do condomínio, evitando gastos recorrentes com consertos que poderiam ser evitados. Assim, a convivência entre vizinhos não se torna insuportável devido a essas atitudes.
BOM USO DO ELEVADOR
Sempre tem aquele vizinho que aperta o botão de todos os elevadores ou fica com a porta aberta esperando alguém. Enquanto isso, em outro andar, sempre tem outro vizinho que também está esperando o elevador e se atrasa para o trabalho.
Além disso, também é importante obedecer ao uso entre elevador social e de serviço. Pets e móveis, por exemplo, não podem ser transportados pelo elevador social, mas muitos condôminos insistem em quebrar essa regra.
O elevador, afinal, é um equipamento caro e que precisa de manutenções constantes para garantir a segurança dos usuários. Por isso, os moradores precisam ser prudentes ao utilizá-lo para não pesar no bolso de todos e evitar acidentes.
De síndico… para condôminos!
Síndico, além de todas essas dicas, elencamos outras estratégias de convivência entre vizinhos para você “comentar” com os condôminos!
➡️ Tolerância, receptividade e respeito. Procure evitar insultos e tente ser amigável com as pessoas que dividem o condomínio com você.
➡️ Procure saber informações simples sobre seu vizinho, como nome, sobrenome, profissão, onde trabalha. Esse é o primeiro passo para estabelecer uma relação que pode trazer benefícios para ambos – até o famoso networking (rede de contatos para negócios) pode começar por meio desta relação.
➡️ Tenha senso de coletividade. O que é seu, é seu; o que é deles, é deles. Não danifique a propriedade dos vizinhos nem utilize seu espaço sem permissão.
➡️ Evite, ao máximo, ruídos perturbadores ou comportamento inadequado. Respeite a “lei do silêncio” não tocando músicas em volume alto, especialmente tarde da noite.
➡️ Se você estiver enfrentando um problema com seus vizinhos, tente resolvê-lo da forma mais racional possível, não recorrendo para aspectos de ordem pessoal.
➡️ Não propague fofocas pela vizinhança.
SAIBA MAIS -> Difícil convivência entre moradores de condomínios é desafio para 25 milhões de brasileiros
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