Como os síndicos podem desenvolver inteligência emocional?
Todo mundo sabe: lidar com pessoas não é fácil. Então, quem está em uma posição de destaque e liderança perante um grupo precisa desenvolver uma habilidade super importante: inteligência emocional.
Para os estressadinhos, vai ser difícil. Porém, vai valer a pena durante um momento de pressão, em que você não vai mais esquentar a cabeça com preocupações e discussões sem sentido.
Afinal, muitas discussões que acontecem no condomínio podem ser evitadas, não é? Reclamações, xingamentos, grosserias…
E lá no meio, o síndico, que às vezes fica sem saber o que fazer para resolver o problema. Aí que entra a inteligência emocional!
O que é inteligência emocional?
Existe uma frase do mercado de trabalho que define bem a inteligência emocional: "as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelo seu comportamento".
Ou seja, as pessoas podem até ser competentes, porém, se não souberem conversar, agir e conviver... elas não ficam por muito tempo naquele ambiente.
Conceitualmente, a inteligência emocional pode ser definida como "a capacidade de identificar e lidar com suas emoções e sentimentos", sejam pessoais ou de outras pessoas.
De acordo com o "pai da inteligência emocional", o psicólogo e jornalista norte-americano, Daniel Goleman, a inteligência emocional está fundamentada em cinco pilares:
- Conhecer as próprias emoções
- Controlar as emoções
- Automotivação
- Empatia
- Habilidades Sociais
Portanto, engana-se quem pensa que a inteligência é uma competência intelectual. Ela é voltada para a administração das emoções e sentimentos, em diferentes cenários, levando em consideração a interação e comunicação empática, eficaz e segura.
Como a inteligência emocional pode aprimorar o trabalho do síndico?
Baseado nos cinco pilares da inteligência emocional, vamos conferir algumas estratégias que podem ajudar os síndicos diante dos desafios e no dia a dia.
AUTOCONHECIMENTO
O trabalho com o público exige autoconhecimento, com a reflexão sobre suas emoções, entendendo como elas afetam suas decisões e interações.
Mas, como fazer isso? Analisando-se!
Faça autoavaliações regulares e registre suas reações em situações desafiadoras e nos momentos calmos também.
Essa evolução no processo de autoconhecimento, entendendo seus pontos fortes e fracos, te fará melhorar suas respostas emocionais e evitar reações impulsivas, promovendo uma gestão mais equilibrada.
EMPATIA
Caso você não saiba, empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender sua situação. Como fazer isso?
- Praticar a escuta ativa
- Prestar atenção às emoções
- Demonstrar compaixão
Entender as preocupações e necessidades dos moradores é essencial para oferecer um ambiente comunitário mais saudável para todos, levando em consideração que aquele é o lar do morador e ele deve se sentir bem morando ali.
COMUNICAÇÃO CLARA E TRANSPARENTE
Este é o pilar da inteligência emocional em qualquer ambiente.
Para não haver ambiguidade nas conversas, toda decisão e notícia importante deve ser informada com clareza e transparência para reduzir a incerteza das pessoas e aumentar a confiança dos moradores com o síndico.
Evite usar palavras difíceis ou jargões, que podem dificultar o entendimento da sua fala. Utilize uma linguagem acessível a todos, garantindo a compreensão das informações e promovendo um senso de inclusão.
DESENVOLVIMENTO DE RELAÇÕES
Para criar um ambiente saudável, é essencial investir em relacionamentos. Portanto, síndico: conheça seus moradores, suas histórias e interesses. Uma boa dica é organizar eventos que podem ajudar a todos na criação de laços e no senso de pertencimento.
Afinal, o síndico é como o líder da comunidade, é o responsável por todos. Então, quando os moradores se sentirem valorizados e respeitados, a convivência tende a ser mais harmoniosa.
FLEXIBILIDADE E ADAPTABILIDADE
Uma das principais capacidades da inteligência emocional é a flexibilidade e adaptabilidade diante de novas situações e desafios. Ou seja, esteja aberto às mudanças sugeridas pelos moradores, e também por suas demandas.
A flexibilidade permite que o síndico responda adequadamente às necessidades da comunidade, mantendo a ordem e a satisfação.
AUTOCUIDADO
Cuidar de si mesmo é fundamental para desempenhar bem o papel de síndico. O estresse pode afetar negativamente a saúde emocional e física. Portanto, é importante que o síndico reserve um tempo para atividades que promovam seu bem-estar, como exercícios, hobbies ou simplesmente momentos de descanso. Um síndico que se cuida é mais capaz de cuidar da comunidade.
CAPACITAÇÃO CONTÍNUA
A inteligência emocional pode ser aprimorada com o tempo e a prática. Participar de cursos, workshops e treinamentos sobre inteligência emocional, gestão de conflitos e liderança pode fornecer novas ferramentas e perspectivas. Aprender com experiências passadas também é uma forma valiosa de crescimento pessoal e profissional.
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Desenvolver a inteligência emocional é um processo contínuo que traz benefícios tanto para o síndico quanto para a comunidade. Ao aplicar essas estratégias, os síndicos podem não apenas melhorar sua gestão, mas também criar um ambiente mais acolhedor e colaborativo, onde todos se sintam ouvidos e valorizados. Isso resulta em uma convivência mais harmoniosa e em um condomínio mais unido.
Aliás, falando em inteligência emocional, você sabe o que fazer na hora dos conflitos entre os moradores?
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