Síndicas: como as mulheres influenciam a gestão de um condomínio?

6 de março de 2025 /

Síndicas: como as mulheres influenciam a gestão de um condomínio?

Embora a profissão de síndico seja tradicionalmente ocupada principalmente por homens – assim como muitas profissões – as mulheres estão conquistando seu espaço e trazendo novas perspectivas e abordagens para a gestão condominial.

Segundo a pesquisa do SíndicoNet, com dados de 2021, as mulheres ocupam 39% dos cargos de gestão condominial – como síndicas

Esse número já é 22% maior do que o registrado na pesquisa anterior, em 2018. Do total de mulheres como síndicas, 32% delas são profissionais.

No geral, as síndicas estão concentradas em nove estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo – o que revela o fortalecimento da liderança feminina em diversas regiões do país. 

Essa evolução das mulheres na gestão condominial não é apenas um reflexo de sua competência, mas também um marco importante na superação de desafios históricos, como o preconceito social e a desigualdade salarial. 

Embora ainda enfrentem esses e outros obstáculos, as síndicas têm demonstrado uma capacidade única de implementar práticas mais humanizadas e equilibradas em suas gestões. 

Como as síndicas estão impactando a administração dos condomínios?

O aumento significativo no número de síndicas ao redor do Brasil é mais do que estatística, também significa representatividade e visibilidade às mulheres que atuam com gestão condominial. 

A presença feminina traz novas perspectivas para a gestão condominial, resultando em uma administração dinâmica e eficiente na construção de uma comunidade forte.

Um dos principais reflexos da evolução que as mulheres têm promovido na gestão condominial é a mudança no perfil do síndico.

Atualmente, mais do que um administrador financeiro, o síndico é visto como um líder comunitário, responsável por promover o bem-estar dos moradores, mediar conflitos e implementar ações que visem à sustentabilidade e à qualidade de vida no condomínio. 

Como síndicas, as mulheres têm se mostrado bem preparadas para assumir essas responsabilidades de maneira estratégica e sensível.

O estilo de gestão tem grande impacto nessa perspectiva. Enquanto algumas síndicas priorizam uma administração mais técnica, outras profissionais focam sua atenção na comunicação e mediação de conflitos. 

No geral, a prioridade é a qualidade de vida dos moradores, com a formação de um ambiente seguro e acolhedor para todos – moradores, funcionários, prestadores de serviços, visitantes e outras pessoas que frequentam o condomínio.

Por isso, as mulheres estão mostrando a importância da qualificação profissional para todos que trabalham no setor – até porque, como algumas ainda são “recém-chegadas” no mercado, se comparadas com seus colegas, as síndicas entendem a importância de se profissionalizar com mais rapidez. 

Cursos e especializações em áreas como administração condominial, direito, gestão financeira e manutenção predial contribuem para elevar o nível da gestão nos condomínios – sendo um fator determinante para o aumento da confiança dos condôminos e para o reconhecimento das síndicas como líderes competentes e preparadas.

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No geral, a administração de condomínios requer uma combinação de habilidades técnicas, interpessoais e estratégicas, para garantir que todas as demandas sejam realizadas com eficiência, para que as necessidades dos moradores sejam atendidas de uma forma justa e equilibrada.

Apesar de não ser uma empresa, o condomínio é o lar de diversas pessoas e isso exige ainda mais profissionalismo da parte de quem trabalha ali – sejam síndicos ou síndicas. 

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