Viver em condomínio vai muito além de compartilhar o espaço físico. No andar de cima tem alguém que chora toda noite. No andar de baixo tem um casal que briga todo dia e, então, se separa. No apartamento do lado, tem outra pessoa com outro problema.
São muitas pessoas, muitos estilos de vida, muitos problemas. O que ninguém vê, são os impactos de tudo isso na saúde mental de cada indivíduo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais. A ansiedade e a depressão são os transtornos mais comuns, e afetam pessoas de todas as idades e níveis de renda.
Diversos transtornos, infelizmente, levam ao suicídio.
Ainda visto como um tabu, o suicídio é a causa da morte de mais de 720 mil pessoas, anualmente, em todo o mundo. Em 2021, foi a 3ª principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
No Setembro Amarelo – e sempre – é necessário falar sobre saúde mental em condomínios, já que cada vez mais as pessoas escolhem esse tipo de empreendimento como lar.
Continue a leitura e confira como promover saúde mental em condomínios.
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Qual é o impacto da vida em condomínio na saúde mental?
O ambiente em que vivemos influencia diretamente nosso bem-estar, o que pode fazer com que alguns fatores afetem a saúde mental das pessoas em condomínios:
- Conflitos de convivência
Barulho, uso das áreas comuns e divergências entre vizinhos podem gerar estresse e ansiedade.
- Isolamento social
Apesar da proximidade física, muitos moradores se sentem sozinhos ou desconectados da comunidade.
- Pressões financeiras
Inadimplência e custos de manutenção podem gerar preocupações constantes.
- Rotina intensa
A vida acelerada nas cidades pode refletir no modo como cada morador lida com a convivência condominial.
Reconhecer esses fatores é o primeiro passo para buscar soluções que favoreçam a saúde emocional. O que pode ser feito?
Saúde mental em condomínios: quais estratégias implementar para melhorar o bem-estar de moradores e funcionários?
Quando falamos de saúde mental em condomínios, é importante lembrar que o bem-estar deve alcançar moradores e funcionários (porteiros, zelador, time da limpeza e segurança), afinal, todos convivem no mesmo ambiente.
COMUNICAÇÃO É A CHAVE
Todos os especialistas em saúde mental afirmam que conversar é a principal forma de prevenir o suicídio. Pensando nisso, a comunicação deve ser sempre respeitosa, empática e acolhedora entre todos.
Quando moradores podem relatar suas necessidades de forma simples e funcionários têm espaço para expressar dificuldades ou sugerir melhorias, evita-se o acúmulo de tensões e cria-se um ambiente de confiança.
ESTÍMULO PARA ATIVIDADES COMUNITÁRIAS
A promoção de atividades comunitárias, como encontros em datas comemorativas ou pequenos eventos, ajuda a reduzir o isolamento social e fortalece os vínculos entre os vizinhos. Da mesma forma, o incentivo ao uso das áreas comuns torna o condomínio um espaço de troca e acolhimento (e não apenas um lugar para dormir).
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO DOS COLABORADORES
O bem-estar dos colaboradores também deve estar no centro das atenções para promover a melhoria da saúde mental em condomínios.
- Oferecer capacitação e desenvolvimento profissional
- Garantir boas condições de atuação
- Respeitar horários de trabalho
Essas são atitudes básicas que impactam diretamente na motivação e no clima de satisfação, afinal, funcionários que se sentem respeitados e reconhecidos desempenham suas funções com mais prazer, o que reflete em toda a comunidade.
POLÍTICAS DE CONVIVÊNCIA CLARAS
Conflitos entre moradores são inevitáveis, acontece em todo condomínio. Porém, é possível suavizar as situações e diminuir a incidência por meio de regras claras, bem comunicadas e aplicadas com bom senso.
Somado a isso, o cuidado com os espaços físicos também faz diferença: áreas limpas, iluminadas e seguras proporcionam uma sensação de conforto que se conecta diretamente ao equilíbrio emocional.
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE SAÚDE MENTAL
Para além do Setembro Amarelo, a conscientização sobre a importância da saúde mental em condomínios deve ser constante.
Campanhas internas e a divulgação de informações sobre serviços de apoio psicológico são formas de lembrar que o cuidado emocional é tão importante quanto a manutenção estrutural do condomínio.
Para quem enfrenta situações de angústia ou sofrimento, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece atendimento gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br
Além disso, pequenas atitudes no dia a dia podem fortalecer o bem-estar:
- Praticar atividades físicas
- Reservar momentos de lazer
- Manter uma rotina equilibrada
- Conversar com pessoas de confiança
Além da saúde mental em condomínios, os síndicos enfrentam outros desafios, que exigem habilidades variadas. Em um cenário de constantes mudanças e exigências, os gestores precisam ser proativos, éticos e muito bem preparados para garantir a harmonia e a boa convivência no ambiente condominial.
O primeiro passo dessa preparação, então, é conhecer todos esses desafios da gestão condominial, para entender como superá-los e administrar o condomínio com sucesso.
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